¡TODOS OS POEMAS PUBLICADOS NESTE BLOGUE SÃO PROPRIEDADE INTELECTUAL DO AUTOR, A SUA CÓPIA TOTAL OU PARCIAL NÃO AUTORIZADA É UM ACTO ILÍCITO - PASSÍVEL DE ACÇÃO - PREVISTO NA LEI, COMO TAL, ESTÃO DEVIDAMENTE PROTEGIDOS PELO DIREITO DE AUTOR E REGISTADOS NA INSPECÇÃO GERAL DE ACTIVIDADES CULTURAIS, I.G.A.C.- (PROCESSO 3089/2009) - PALÁCIO DA FOZ, PRAÇA DOS RESTAURADORES EM LISBOA. O MESMO SERVE PARA AS PINTURAS!

¡O DONGO!


Sob o sol mais quente, de um poente paixão,
o Dongo deslizava suavemente sobre as águas calmas da baía.
Nesse pôr do sol quente, como tela rasgada pelo calor mais ardente,
parecia ao nosso olhar uma aguarela em tela pintada!
A silhueta negra do pescador da mabanga,
era a afirmação de que o Dongo não andava sózinho 
nesse calor ardente rasgado pelos dedos ao entardecer.

Sob o marulhar das águas o pescador media a água evaporada
sobre a concha da mabanga, com as mãos humedecidas pelo mar
mergulhadas sob a água tocavam as coisas
na (re)descoberta tímida das essências
desse pulsar marítimo...
nesse sol mais quente desse poente paixão,
o sol despedia-se do dia...
derramando sinfonia pelos azuis do céu,
cobrindo-o de escarlate como êxtase de alegria.

A Fortaleza em pendor de presença constante e firme
querendo abraçar a cidade...
parecia vigiar e proteger meu sono tranquilo, p’ra além desse mar ...
espraiando-se nos meus sonhos de criança,
que caminhos seculares me diziam que essas águas da minha infância,
feitas cores como tela pintada rasgada pelo nosso olhar, era todo o meu mar!
No sol mais quente, desse poente paixão, o Dongo deslizava suavemente
sobre o marulhar das águada minha bela baía de Luanda!




Poema de, Rogéria Gillemans

Registado no Ministério da cultura - Inspecção Geral das Actividades Culturais, I.G.A.C. – Processo N° 3089/2009.