Oh, agridoce quitandeira da fruta verde, madura;
dá-me um gomo de laranja p’ra minha sede matar!
- Minha senhora, menina;
ananás, abacaxi, laranja fresquinha!...
E no ar o perfume de fruta que minha sede não matou;
em meus ouvidos o som da sua música ficou,
e na minha alma o seu pregão a marcou!
E a quitandeira passava saudável, viva, graciosa,
embrulhada em capulana, no seu sorriso escarlate,
às costas o seu rebento amarrado!
Poema de, Rogéria Gillemans
Registado no Ministério da cultura - Inspecção Geral das Actividades Culturais, I.G.A.C. – Processo N° 3089/2009.